segunda-feira, 23 de maio de 2011

Poema Vazio

Esse é um poema paralelo
De um universo paralelo
De pessoas paralelas
Sentimentos perpendiculares
Vontades que se chocam
E recuam...
No medo do balançar do outro
Na inconstância de um
Na mesmice do outro
Esse é um poema sem sentido
E quase triste
Na verdade esse poema nem existe
Pálido
Insosso
Sem gosto
Sem doce
Nem um amarguinho que fosse
Os personagens prostados
Lado a lado
É a sina
De tanta educação
Nunca disseram que sim
E nunca questionaram o não
Esse é o poema do infinito
Não do amor bonito
Mas do covarde
Que nunca arde
Porque nunca foi chama
E nem sequer foi
De medo ficou
Emudeceu
Esperou demais
Caducou
Prescreveu
Não serve mais.

sábado, 21 de maio de 2011

Ironia


E quando eu pensei
Que era tarde demais...
Amanheceu!

sábado, 7 de maio de 2011

obra nova


Corro os dedos nas paredes

com saudades futuras
comparo feridas com fissuras
e estas quase já não são
quase nem me doem
não tanto...
temo meu presente sem marcas,
paredes lisas,
piso liso,
teto frio,
tremo casa branca,
transformo...
concreta que quase me torno!