Ninguém ouse me pedir calma... Paciência....
Se o apressado como cru é assim mesmo que vai ser! Adoro comida japonesa, carpaccio, carne só bem sangrenta e nada de sopa porque legume cru é mais gostoso!...
Nunca mais me peçam para ser paciente... Porque apesar do estado febril não estou doente! Sou ansiosa e inquieta e minha vida sempre veio escrita em negrito e em letras garrafais, quase ridículas do tanto que esgoelam. Não suporto eufemismos e minhas verdades são rasgadas, não fico um segundo sequer de molho...
Tenho fome de tudo e devoro o mundo de uma única vez! Penso rápido, falo rápido e ando rápido, já tropecei e também já levei muito tombo nessa corrida frenética em busca da felicidade, mas quando dei por mim já estava de pé outra vez e não me dou sequer ao trabalho de assoprar meus machucados... esses acabam cicatrizando...Invariavelmente!
Muitas cicatrizes doem no inverno ou incomodam pela marca mas nunca me mataram nem se quer me prostraram... Não é por força é apenas por instinto de sobrevivência! Cada um tem suas armas e a minha maior é essa sede que amarga a boca e aperta a garganta...
Não tenho medo nenhum de me envolver, aliás adoro envolvimentos e me dou em tudo... Aos meus amores e rancores!
Dos amores tive apenas dois verdadeiros mas à eles dei tudo, queimei meus navios como diria Chico Buarque, emprestei o ombro e busquei nervosa a minha calma... Com os dois me casei, fiz uma casa com balanço, comprei um labrador, fui para Europa, fiz amor no mar, dormi sob as estrelas, briguei enfurecida e fiz as pazes comovida...
Das paixões... ah... essas foram muitas e arrebatadoras, algumas duraram poucas horas e outras duram até hoje... ou pela minha efemeridade até agora...
É esse ritmo mesmo que quero para minha vida, é esse que combina com o baticum desenfreado e descabido do meu coração ! Não quero paciência...Quero efervecência!
Não pretendo mesmo aprender artesanato, até porque o simples dobrar de um papel me deixa nervosa... Nunca vou fazer nenhuma receita que leve as palavras banho maria... Não separo gema de clara e nem desembaraço correntinha de ouro...
Detesto esperar e deve ser por isso que nunca consigo deixar crescer meus cabelos, e deve ser por isso também que vivo queimando a boca em café e que fico sempre batendo pé...
Durmo seis horas por dia e isso me basta, muitas vezes só de olhar para mim fico exausta...
Então por favor...Não me peçam calma! Essa não sei cultivar, sei sobre amor, dor, paixão e compaixão... Mas paciência... essa não!
Se o apressado como cru é assim mesmo que vai ser! Adoro comida japonesa, carpaccio, carne só bem sangrenta e nada de sopa porque legume cru é mais gostoso!...
Nunca mais me peçam para ser paciente... Porque apesar do estado febril não estou doente! Sou ansiosa e inquieta e minha vida sempre veio escrita em negrito e em letras garrafais, quase ridículas do tanto que esgoelam. Não suporto eufemismos e minhas verdades são rasgadas, não fico um segundo sequer de molho...
Tenho fome de tudo e devoro o mundo de uma única vez! Penso rápido, falo rápido e ando rápido, já tropecei e também já levei muito tombo nessa corrida frenética em busca da felicidade, mas quando dei por mim já estava de pé outra vez e não me dou sequer ao trabalho de assoprar meus machucados... esses acabam cicatrizando...Invariavelmente!
Muitas cicatrizes doem no inverno ou incomodam pela marca mas nunca me mataram nem se quer me prostraram... Não é por força é apenas por instinto de sobrevivência! Cada um tem suas armas e a minha maior é essa sede que amarga a boca e aperta a garganta...
Não tenho medo nenhum de me envolver, aliás adoro envolvimentos e me dou em tudo... Aos meus amores e rancores!
Dos amores tive apenas dois verdadeiros mas à eles dei tudo, queimei meus navios como diria Chico Buarque, emprestei o ombro e busquei nervosa a minha calma... Com os dois me casei, fiz uma casa com balanço, comprei um labrador, fui para Europa, fiz amor no mar, dormi sob as estrelas, briguei enfurecida e fiz as pazes comovida...
Das paixões... ah... essas foram muitas e arrebatadoras, algumas duraram poucas horas e outras duram até hoje... ou pela minha efemeridade até agora...
É esse ritmo mesmo que quero para minha vida, é esse que combina com o baticum desenfreado e descabido do meu coração ! Não quero paciência...Quero efervecência!
Não pretendo mesmo aprender artesanato, até porque o simples dobrar de um papel me deixa nervosa... Nunca vou fazer nenhuma receita que leve as palavras banho maria... Não separo gema de clara e nem desembaraço correntinha de ouro...
Detesto esperar e deve ser por isso que nunca consigo deixar crescer meus cabelos, e deve ser por isso também que vivo queimando a boca em café e que fico sempre batendo pé...
Durmo seis horas por dia e isso me basta, muitas vezes só de olhar para mim fico exausta...
Então por favor...Não me peçam calma! Essa não sei cultivar, sei sobre amor, dor, paixão e compaixão... Mas paciência... essa não!
Não vou te pedir calma, mas li com muita calma e atenção. O texto flui, quase influi, de tão desembaraçado e claro. Gostoso de ler, intenso e inquieto, como você mesma.
ResponderEliminarAcho que é bom se ver capaz de não querer esta calma (nesta conotação que você dá, aqui no texto, que é diferente de nervosismo). O sentido aqui é viver com intensidade, sem arrependimentos, encarando as dores sem se deixar paralizar.
Muito bom, minha poeta-cronista, toda cheia de prosa, e boa prosa.
Beeeeeeeeeeeeeijo, graaaaaaaaaaande.
É! Nada de banho-maria, as palavras transcorrem tuas veias e me chegam tipo os Heraldo Negros de César Vallejo... galopantes associações que nos levam a criar mais, querer mais... nada de banho-maria!!!
ResponderEliminarUm beijo amigo, Aline e que sigam estes momentos de te ler.
Carmen Silvia Presotto
Ivan e Carmen,
ResponderEliminarTão bom ler comentários tão generosos de poetas que aprendi a admirar e ler como meus MAIORES inspiradores assim como Mario Quinatana e Elisa Lucinda por exemplo...
Hoje não passo um só dia sem passar pelo Empirismo e pelo Vidráguas...Virou um vício!
Enfim, me sinto grata e envaidecida! Me inspira a continuar derramando meus devaneios nas palavras e nos textos, mesmo nos mais desenfreados como este!
Beeeijos Carinhosos aos meus queridos amigos e mestres!!!
O texto está enlouquente!
ResponderEliminarpasme, até eu não consegui parar de ler!
parabens prima.
Passssmaaa!!! Eu estou por te ter aqui me lendo e me comentando...
ResponderEliminarAmei!!!!
Só falta começar seguir....
Beeeeeeeeijo!
Algumas paciências se destacam: dispor as cartas sobre a mesa, voltadas para baixo e descobri-las em cada mão. Outras paciências são opostas: algumas propostas merecem irreflexão. Gostei da impaciência do texto: conforma e contorna sua vida com literatura, que é o que - nos - interessa. Abraços, Pedro.
ResponderEliminarPedro,
ResponderEliminarSempre bom contar com olhares e comentários tão ricos quanto o seu!
Obrigada pela leitura, pela presença e volte sempre!
vou lá dar uma espiada no seu também...
Abraço carinhoso!
como sempre..
ResponderEliminarlendo e me identificando
mui rico..
kkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkk
ResponderEliminarBesta!!!
Amiga, eu li numa correria, assim como o texto me pareceu - um desespero.
ResponderEliminarLi perdendo o folego, tive que dar uma pausa respirar e depois continuar, pois eu não parava de correr. Assim como vejo pinturas, entro no rítmo do embalo.
Van Gogh me deixa assim. Nas pinceladas rápidas, enxergo a velocidade, a impaciência, até o desespero, fico sem ar, paro de olhar, depois olho novamente.
Amei, porque me identifiquei muito.
Tenho muito desses sentimentos, você sabe.
Beijos.