sábado, 27 de novembro de 2010

Sugestão


Quanto tempo perde?
Quanto tempo lavando teu umbigo?
Tempo é coisa preciosa.
Não que tenha haver comigo!
Talvez comigo em tigo,
ou contigo...
Mas deveria ao menos se questionar.
Acaso...não seria o caso?
De passar mais tempo limpando teus belos ouvidos?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Teoria Copernicana


Hoje acordei mau comida e tomei um café assim mau dormido...
Ando confusa, me desvirando do avesso toda hora, levando susto de queda, de medo, de morrer e de morrer de rir. De vez enquando, me apoio em alguma coisa porque o mundo parece estar se movendo diferente, mais rápido, e anda me faltando corrimão. O pior é que não dá mesmo para saber se estou descendo ou subindo.
Minha vida tem sido como uma tela de Van Gogh, cheia de riscos rápidos e nervosos, me tirando a respiração, e tudo só faz algum sentido quando recuo exausta e sofrêga de falta de ar e falta de chão.
Não sei se é minha translação ou rotação que estão meio fora de órbita, torta!
Sei que as coisas começaram a cair da estante empoeirada do meu quarto. No começo eu até corria de um lado para o outro, amparando , reparanto e segurando o que dava, mas agora cansei! Quase não me culpo mais, o que cai no meu colo analiso e vejo se tem reparo, serventia, ou qualquer tipo de valia até daquele tipo que não se avalia! Mas tem coisa que só jogando fora, ou dando feito esmola!
Falar que o mundo da voltas já é batido, frase de recalcado que anda rápido nessa imensa roldana imaginária para ver se na próxima volta fica por cima. O negócio é que o universo é coisa grande, sem cima e sem baixo e o mundo não tem lado, é todinho redondo, ou seria eclíptico?...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Planando

Eu nunca soube me direcionar...
Não sei onde fica o norte,
Nunca vi ou enxerguei o sul.
Devo ter vindo com bússola quebrada de fábrica,
Desorientada de inicio e exausta...
Vontade de fim!

Caminho a ermo...
Prefiro não mecher nos meus fantasmas
Que, de tão inofensivos, são mudos.
Não assombram!
As vezes, por descuido
Os flagro de relance
No cantinho do meu olho esquerdo
Além do espelho.

Nos encontramos...
Embaraço!
Não nos bolinamos mais!
Dou as costas!

Sigo o meu sul ou meu norte,
Ninguém vai notar...
Fico bem no meio!