
De repente ninguém teve culpa
Ou foi minha boca...
Que ficou lúcida demais
Ou fui eu quem procurou o chão
Porque tive medo
Porque te chamei em vão
E você nunca veio de verdade
De repente não foi nada
Fui eu quem fiz alarde!
De repente ninguém teve culpa
Ou foi minha boca...
Que ficou lúcida demais
Ou fui eu quem procurou o chão
Porque tive medo
Porque te chamei em vão
E você nunca veio de verdade
De repente não foi nada
Fui eu quem fiz alarde!
Socorro!!! Estou presa e trancafiada dentro de mim, minha pele faz margem e não consigo mais transbordar, e é quando eu mais te quero que fico assim, muda e sem ar. Me busca?
Socorro... balbucio ao vento enquanto tento te alcançar com alguma doçura! Frescura de moça boba que só quer te tocar!!!
Socorro... Meu corpo se arrepia e minha alma desfalece exausta, travo por dentro uma luta, quase física. Tento romper minha própria carne mais ela é dura!Não me lembro bem quando foi que endureci , o que sei é que já não decoro mais poemas e nem os declamo em uma cena imaginária de amor, claro que às vezes ainda fecho os olhos, mas ali fico só... sozinha fabricando o nada, me cobrindo de escuro e pressentindo alguma luz. Sou bedel cruel, carrasca de mim, e meu cárcere é privadíssimo!
Faço minhas orações antes de dormir,
amanha é outro dia
que vai parecer o mesmo
não sei se alguém vai ouvir...
estou derretendo
e agora são meus olhos
os primeiros que escorrem!
Minha pele vem murchando
E minhas plantas morrem!