terça-feira, 2 de novembro de 2010

Planando

Eu nunca soube me direcionar...
Não sei onde fica o norte,
Nunca vi ou enxerguei o sul.
Devo ter vindo com bússola quebrada de fábrica,
Desorientada de inicio e exausta...
Vontade de fim!

Caminho a ermo...
Prefiro não mecher nos meus fantasmas
Que, de tão inofensivos, são mudos.
Não assombram!
As vezes, por descuido
Os flagro de relance
No cantinho do meu olho esquerdo
Além do espelho.

Nos encontramos...
Embaraço!
Não nos bolinamos mais!
Dou as costas!

Sigo o meu sul ou meu norte,
Ninguém vai notar...
Fico bem no meio!

11 comentários:

  1. Hey, o caminho do meio, momento exato do Olhar.

    Um beijo.

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  2. "vontade de fim." Que verso bonito!

    Lembrei de "Finalidades sem fim", que estou lendo.

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  3. Pablo,
    Que delicia contar com sua leitura!
    Obrigada!

    Carmen,
    Sempre com seu olhar único das coisas tira poesia da poesia!
    Beijo!

    Marcio,
    Recebi o beijo no outro comentário mas ao tentar publicar ele sumiu... =( não entendi o que aconteceu com esse blogger....
    Enfim, obrigada pela presença e um beijo MAIOR para você!

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  4. Aline

    a tua poesia é um norte. Não perca nunca ela de vista, ouviu bem?

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  5. mando o beijo de novo, já que o outro não chegou.

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  6. Marcio,
    Obaaaaaaaaaaaa....
    beiju, beiju, beiju!!!!
    Obrigada pela gentileza de sempre!

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  7. Plan.ando(as) rumo ao centro?

    be:)o!

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  8. Tonho,
    É isso aí... Andando rumo ao centro ao planando de acordo com o soprar dos ventos....
    Obrigada pela sensibilidade de sempre!
    Beijos!

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  9. Desnorteada, sem norte.
    Desorientada, sem oriente.
    Sem bussola, sem nada.
    Nao acho que seja o caso, nao, poeta inquieta. Voce encara sim seus fantasmas, e encara bem. As vezes a gente faz que nao ve, mas como voce mesma diz, os percebe no cantinho do olho esquerdo.
    Quando conseguimos encarar nossos fantasmas, via de regra eles sao desmoralizados.
    De vez em quando chuto meus fantasmas como quem chuta o ar vazio, me levanto e ando. As vezes me sinto acuado, encolhido.
    Eles nao sao eles, sao eu, somos nos. Nos somos nossos proprios fantasmas.
    Adorei o poema!
    Beeeeeeeeeeeeeeeeeeijo.

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  10. Ivan,
    Não me sinto tão corajosa.
    Nem sei se algum dia teria coragem de chutar meus fantasmas...Inclusive esse poema teve mesmo inspiração em uma de nossas conversas sobre encarar ou não nossos medos, e também quando o Iury me perguntou brincando onde fica o norte...Sinceramente? eu não faço a menor idéia meeeeesmo...hehehehe
    Beijo!

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