sábado, 7 de maio de 2011

obra nova


Corro os dedos nas paredes

com saudades futuras
comparo feridas com fissuras
e estas quase já não são
quase nem me doem
não tanto...
temo meu presente sem marcas,
paredes lisas,
piso liso,
teto frio,
tremo casa branca,
transformo...
concreta que quase me torno!

4 comentários:

  1. "Eu não sou eu, sou momento : passo!"

    (Mario Quintana)

    Aproveitei essa citação colocada em seu próprio blog: há dias que nos sentimos quase concretos, mas também somos vento e luz. Seu poema expressa muito bem um momento de desolação. É muito belo.

    beijo.

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  2. Bom que as mudanças estão te inspirando(rs), beijos e bons momentos no novo lar, que sejam feliz idades concretas.

    Beijos.

    Carmen.

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  3. Lindo poema, Aline. Mostra de talento poético.

    Beijo.

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  4. concordo com você que nenhuma mudança é fácil, mesmo quando é para melhor, ainda mais essa que não é apenas uma mudança física, é muito mais emocional ... alguma coisa da alma.

    Tá certo que quando é para melhor, nos acostumamos rápido, mas ficam memórias (boas e ruins), cicatrizes.

    Mas o saldo é positivo, são muitas lembranças boas e vocês vão construir memórias mais lindas ainda no novo lar.

    Rezo e torço para que essa mudança seja para melhor, que vocês sejam muito felizes.

    Te amo muito.
    ... vou te visitar.

    Beijosssssssssssss

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