quinta-feira, 14 de abril de 2011

Efêmera

Estou seca de saudades, e toda hora me invade vontade perfeita de desenrolar esse presente sem futuro, de te oferecer minha boca com corpo dormente, de ir em frente com esse romance sem destino. Tolice esperar que tudo se cure com o tempo se na verdade nunca quis te curar de mim, besteira esperar que não haja dor só por que te fiz supor que não te quero mais! Porque eu quero, e quero mais do que com o coração, te quero com minhas bocas e mãos. Te quero cheia de pele, porque esta resmunga e suspira a cada hora essa demora insana que o meu corpo impôs ao seu. Quero beijos longos e últimos, quero sonhos e desejos, quero Dali e nada mais bastará. Profano é eu não sucumbir, não abrir os braços pra deixar cair... Loucura é ignorar uma química tão perfeita em razão de uma historia desfeita que eu nunca conheci. E agora já fiz escolha, eu me perco, perdida que sempre fui... e quando me reconhecer em minhas linhas, me decifrando com meu próprio dicionário que num impulso te entrego, me toma em seus braços sem medos, sem promessas ou metas que não possamos cumprir, me toma sua e pronto, nossas vidas num só encontro, já decidi!

5 comentários:

  1. Belo texto, Aline. Descrição perfeita da entrega (in)sana que se faz nas relações. Alguma sanidade sempre há, alguma insanidade também, mas viver é preciso, tanto quanto impreciso.
    Beijo grande.

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  2. Obrigada Ivan... Na verdade essa tal insanidade acaba fazendo parte, mais do que eu gostaria, dessa inquietude minha que vc conhece... Bom como vc disse o importante é ir vivendo!!!
    Muitos beijos!

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  3. Que bela entrega ao amor... que tua inquietude seja sempre o caminho de mais amor no mundo, em versos, em crônicas, em momento revirados de dias.

    Um beijo grande Aline e senti falta de tua receita poética, que para a Páscoa venha uma linda sobremesa de renascimentos.

    Boa semana,

    Carmen.

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  4. Carmen ,

    Obrigada por me trazer tua doçura...
    Vou tentar colocar o papel a famosa bacalhoada da mamae...
    Beijos e uma linda semana!

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  5. Oi Aline,

    fiquei muito alegre com seu comentário lá no Maria Clara, sobre o poema que homenageia o flamenco. Quem bom saber que vc também admira e faz aulas de dança flamenca. Eu sou fascinada pelos ritmos, músicas e coreografias nesta área. Estou tendo aulas há pouco tempo também, há cerca de três meses e embora eu ache a técnica muito complexa tenho me esforçado para aprender da melhor maneira e com entusiasmo. Amei saber sobre o brilho especial de vc falou... Brilhemos então ! Obrigada por seu carinho e seja sempre bem vinda aos meus espaços poéticos. Bj.

    Úrsula

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