sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Escudo


Apaguem as luzes
Lamparinas e lampiões
Velas e castiçais
Inclusive as estrelas
Exibidas abusadas!
Quero escuridão
Breu profundo
Nem céu
Nem mundo
E que nem a lua se atreva
A aparecer faceira
Melhor que se mingue
Ou se esconda
Num eclipse total!
Que não traga a canção da noite
No escudo- escuro
Sem inspiração
Nada de versos melosos
Ou rima ensaiada
Quero a poesia vaiada
Vou deitar opaca
Quero negro e mais nada

12 comentários:

  1. Uau! Que tomada de decisão é essa, menina?! Sabe de uma coisa? A poesia subliminar dos versos te contradiz... rs

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  2. Busque a cura no EXcuro...

    Que acenda-se as cores nova mente!

    be:)os!

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  3. Marcio
    como se atreve me ler tão profundamente?
    Que bom contar com sua sensibilidade!
    já te espero sempre!
    Beijo!!!

    Tonho,
    obrigada por enriquecer meu espaço com comentário tão rico e cheio de significado!
    Beijo!

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  4. Aline, que bom poema, quando encontrares a poesia vaiada me manda a dica, hehhehe!!!

    Parabéns, um beijo grande.

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  5. Que bom Carmen, já estava sentindo sua falta por aqui!
    Beeeeijo!

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  6. Uau!
    De todas as postagens, elejo esta como a "top top das tops" para mim.

    "Nada de versos melosos
    Ou rima ensaiada
    Quero a poesia vaiada"

    Adorei isso!
    Beijo enorme, poeta inquieta.

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  7. Ivan,

    Confesso que quando fiz o poema, não fiquei muito entusiasmada com ele... mas depois de várias leituras (bem críticas...rsrsr)também comecei ver nele muita "poesia"....
    Obrigada pelos comentários e a delicadeza de sempre...

    Beijo MAIOR!

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  8. Aline,
    Conheci hoje seu espaço.
    Seus versos confessam muita coragem por traz desse escudo - coragem e consciência.
    Gostei do que li (Tom e Tempero).

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  9. Simone,

    Fico feliz que tenha vindo me visitar...Que bom que gostou do que leu e que ótimo que compartilhou comigo suas impressões...
    Bem vinda!
    Beijo!

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  10. Aline, tudo bem contigo??? Um beijo e saudade.

    Carmen Silvia Presotto
    www.vidraguas.com.br

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  11. Aline, pra vc:

    Desculpa...
    (Fabrício Carpinejar)

    Te olho nos olhos e você reclama...
    Que te olho muito profundamente.
    Desculpa,
    Tudo que vivi foi muito
    profundamente...
    Eu te ensinei quem sou...
    E você foi me tirando...
    Os espaços entre os abraços,
    Guarda-me apenas uma fresta.
    Eu que sempre fui livre,
    Não importava o que os outros dissessem.
    Até onde posso ir para te resgatar?
    Reclama de mim, como se houvesse possibilidade...
    De me inventar de novo.
    Desculpa...
    Desculpa se te olho profundamente,
    rente à pele...
    A ponto de ver seus ancestrais...
    Nos seus traços.
    A ponto de ver a estrada...
    Onde ficam seus passos.
    Eu não vou separar minhas vitórias
    Dos meus fracassos!
    Eu não vou renunciar a mim;
    Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
    Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
    Eu quero estar viva e permanecer
    Te olhando profundamente.

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  12. Nossa Marcio... que lindo presente que recebo agora em uma manha azul de sexta!
    Obrigada!
    Beijo Enorme!

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