terça-feira, 2 de março de 2010

Mulher deposite aqui sua lamúria III

Recentemente recebi a acusação de ter me tornado uma mulher feminista... na hora eu até achei meio compreensível e acabei vestindo a carapuça porque sempre fui meio tendenciosa aliás meio termo é algo meio escasso em meus achismos, mas depois analisando fria ou nem tão friamente assim os fatos, conclui que isso era uma injustiça e decidi me absolver fazendo esse texto...
Divagando com uma grande amiga, cheguei mais uma vez a óbvia conclusão de que nós mulheres somos mesmo seres ‘complexíssimos’ e que melhor não mexer em vespeiro, porque ser razoável sendo bicho fêmea é coisa impossível. Mas como não sou de ouvir meus próprios conselhos e nem de creditar minhas inconstantes conclusões, aqui estou para mergulhar no assunto... arriscando uma razoabilidade bem rasa...
Não acho que seja mais necessário “queimar soutienes”, até porque com a moda do silicone esses vêem se tornando obsoletos assim como os seios reais... Afinal se temos que conduzir uma vida e uma família inteirinha porque não nos deixar conduzir em uma dança? Se podemos amamentar um ser humano produzindo alimento com nosso próprio corpo, porque não aceitar um jantar? Se passamos a vida toda rompendo barreiras e abrindo portas quase intransponíveis, qual o problema que nos abram algumas portas para passar? Se podemos e devemos admitir que gostamos e precisamos de sexo, porque não admitir que queremos mais, queremos amor?!...
Eu já me desarmei! Gentileza nunca é demais e cavalheirismo não é invasão ou pretensão é carinho e atenção...
Afinal, feministicamente pensando, nós devolvemos aos homens seus filhos, dizendo que podem educar, trocar fraldas e até brincar com eles, nos os deixamos entrar na cozinha virar excelentes chef’s e nos expulsar de lá, tiramos deles toda carga de sustentar sozinhos uma família...
Portanto nada mais justo do que flores, velas e portas abertas.

4 comentários:

  1. Aline,
    Adorei o texto, mas o que vou comentar vai um pouco além do que você escreveu, talvez:

    Eu acho que o feminismo é "a imrã" gêmea tardia do "machismo", embora haja definições em contrário. O feminismo é a reação à irracionalidade brutal do machismo. O que há de interessante no mundo são as diferenças compartilhadas, aceitas, admiradas e respeitadas.
    Quanto às gentilezas, todo ser humano, seja homem, seja mulher, gosta. Às vezes não precisa ser tão "formal" e cada um tem sua forma de ser gentil (quando é gentil) ou ser brutal (quando é brutal). Isto não é privilégio de sexo, mas de alma.
    Machismo e feminismo são os extremos opostos radicais de um movimento da vida, como um pêndulo, que depois de estar suspenso numa extremidade, é solto e, obviamente, não irá parar no ponto de equilíbrio pleno (nem acredito no "pleno"). O pêndulo pende para o extremo oposto. Do extremo-machismo vai, a todo vapor, para o extremo-feminismo.
    O pêndulo aqui é uma metáfora, e como toda metáfora tem suas limitações, mas acho que vale refletir.
    Sou a favor da gentileza e da valorização mútuas, sem necessidade de machismos ou contrapontos do feminismo. Que tal o humanismo? Não seria ruim, né?
    Beijo grande.

    Ivan Bueno
    blog: Empirismo Vernacular
    www.eng-ivanbueno.blogspot.com

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  2. seria ótimo...
    tbm acho que na verdade gentileza nunca é demais e claro pode existir em qualquer pessoa... sendo bicho macho ou fêmea...rsrsrss
    aliás ando sentindo falta desse "humanismo" a qual vc se refere...
    + beijo!

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  3. amiga, me identifiquei pra caramba hehe. Beijos.

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  4. verdade amiga a gente vive falando de quem foi a burra que inventou esse tal de feminismo...rsrsrsrss.....
    beijos

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