
Puxo as alças do meu soutien para que eles sejam mais flexíveis, endurecendo as minhas dores e levantando meu ego...
Passo base, pó, blush ruge que não me mude só atenue... Essa falta de saúde! Passo rimel bem forte que arqueie meu norte e jogo os cabelos para frente e para trás, tentando tirar sem muita sorte o liso que escorre minha vaidade... da testa até a fresta dos meus sapatos altos!
Ando inquieta na noite... Então faço um verso e converso com minha cama vazia, de alma fria e tão insolente!
Temo as decisões tomadas pois deixarão marcas mais profundas do que as que fiz, cicatriz de queda de criança tatuagens e lembranças. Sinto vida em cada centímetro do meu corpo mas não me permito errar tanto!.... quando erro...Pranto!
Sou dona das minhas vontades, dos meus medos e desejos mas ainda não me decidi! Espero o futuro sensata mas faço planos e sonho acordada! Trabalho dedicada e ensaiada!Repito a vida ...
Me preocupo com salários, impostos e inflação... Pago tudo à vista! E recebo vida à prestação...
Olha, a cada linha uma identificação para chegar ao final e me deparar com o óbvio assombro dito de uma forma tão bem dita... pago tudo à vista também e a vida sempre me devolve em prestação, quando devolve... porém, não desistimos!!!
ResponderEliminarUm beijo grande Aline, me encontro em teus escritos.
Carmen Silvia Presotto
Carmen, ainda ajeitava o texto qdo vi seu lindo comentário... a princípio era um poema como você deve ter percebido, mas achei muito comprido e resolvi juntar tudo...
ResponderEliminarMuito bom ter presente sempre com olhos tão atentos...
Muito beijos!
Aline,
ResponderEliminarEste texto ficou visceral e flui como água ou como a vaidade que tescorre da testa até a fresta dos meus sapatos altos. Ótima imagem, bem como a última, já apontada pela Carmen.
Me permite uma discórdia? Aí vai:
Você diz "Sou dona das minhas vontades, dos meus medos e desejos mas ainda não me decidi!". Com todo o respeito a este texto maravilhoso, acho que raramente somos donos das nossas vontades, dos nossos medos e menos ainda dos desejos. Não somos donos, não: eles é que são donos de nós.
Gostei muito e é visível que seus escritos vêm crescendo.
Ah, e desencana dos 30 (que nem chegaram, por sinal), vai te catar e seja benevolente com os que já passaram dos 40. (rs...)
Beeeeeeeijo, poeta inquieta, e parabéns pelo calor da hora, qualquer hora.
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
ahhhh ivan ....
ResponderEliminartão rico no que comenta.. só me alimenta...hehehehehe
olha só, concordo com vc sobre a questão do racional e do que nos vem como instintos... aliás tema muito bem abordado em vários dos seus escritos...
mas minha conotação aqui era outra..falava sobre o bonus da idade e da maior facilidade que temos em tomar decisões e fazer escolhas.. da seguransa que se constroi com o tempo...
vou tentar desencanar ...hehehe... mas é estranho como esse número é pertubador...
beeeijo
ERRATA:
ResponderEliminarOnde escrevi "tescorre", leia-se "te escorre" e onde escrevi "meus" leia-se "seus", pois os sapatos são seus, Aline.
Errata feita.
ERRATA 2:vc foi muito honesto e me obrigou a isso...segurança é com ç e não com s...
ResponderEliminartescorre ficou até bonitinho mas não vem pegar meu sapato não!
Besta! (rs...)
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